domingo, 8 de março de 2009

[] Circo calder

'Contemporâneo de Moholy-Nagy, Calder chega a Paris vindo dos Estados Unidos em 1926, e baseia os seus primeiros trabalhos na construção de brinquedos. Sob o ponto de vista de Calder as qualidades predominantes de um brinquedo, como os ritmos invulgares e o efeito surpresa, poderiam ser explorados de um modo estético mais ambicioso. Através de uma consciente introdução de elementos humorísticos na elaboração da obra de arte, Calder assume uma independência das doutrinas academistas da escola surrealista, ligando-o mais directamente às correntes do dadaísmo.

A construção do seu famoso Circo em miniatura em 1926 e uma vasta série de brinquedos animados de arame, são a prova desta preocupação.Calder fez várias apresentações do seu Circo em Paris entre 1927 e 1928 que rapidamente atraíram a elite dos artistas vanguardistas. As personagens do circo, eram detentoras de um movimento que reflectia com naturalidade, os ritmos variáveis e incontroláveis do quotidiano. A teatralização das personagens do Circo correspondia directamente à teatralização da vida real. O Circo traçou os primeiros passos no desenvolvimento artístico do escultor, as suas personagens não são meros brinquedos construídos a partir de materiais pouco ortodoxos, representam formas a três dimensões desenhadas no espaço através de linhas de arame em que o fundo da figura é transparente.As criaturas animadas que constituem o circo ou os bonecos de arame suspensos, são o ponto de viragem na obra de Calder que a partir de 1930 toma um rumo diferente, com a construção daquilo que iria ser a sua obra de eleição e que aperfeiçoaria ao longo de toda a vida – o Mobile'.

Disponível na Web : http://artimanha.org/?p=80


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